Em alusão ao Setembro Verde, a ação procura esclarecer mitos que ainda limitam a prática entre familiares e pacientes 

A unidade hospitalar Itaquera, do Santa Marcelina Saúde, realiza entre os dias 1º e 27 de setembro a campanha de sensibilização para a doação de órgãos. A ação, que acontece na entrada de colaboradores, tem como objetivo esclarecer mitos sobre a doação de órgãos, além de quebrar paradigmas encontrados pelas famílias dos potenciais doadores.

Com uma proposta que visa relacionar a doação à continuidade da vida, a campanha busca oferecer uma experiência sensorial, onde os colaboradores poderão mensurar quantos transplantes já foram feitos e o total de vidas que puderam ser salvas. De acordo com a Dra. Juliana Zanocco, médica nefrologista do transplante renal da unidade hospitalar Itaquera, o Santa Marcelina Saúde realiza transplantes renais em seu serviço desde outubro de 1997 e já contabiliza mais de 1.000 pacientes que tiveram uma possibilidade de melhora em sua qualidade de vida.

“Ao longo desse tempo, testemunhamos verdadeiras histórias de alegria, amizade e amor. Durante a pandemia da Covid-19, nossa equipe empenhou-se em manter o programa de doação de órgãos ativo, realizando consultas, exames e cirurgias. Foi uma época bem difícil, mas conseguimos realizar transplantes de rim durante esse período com bons resultados”, ressalta a Dra.  Zanocco.

Neste ano, a campanha também busca sensibilizar os familiares de pacientes sobre o quão importante é o transplante e quais são os meios legais existentes para a doação, captação e recebimento de um órgão.

Um exemplo empático, de como a doação é importante, é relatado pela colaboradora Edjane Laurentino da Silva, auxiliar de enfermagem da Clínica Médica e Oncologia, na unidade hospitalar Itaquera. Após seu esposo ser diagnosticado com morte cerebral, ela decidiu doar seus órgãos. “Vejo diariamente a luta de muitos pacientes que necessitam de um transplante, um gesto de amor. O que impede muitas pessoas de serem doadoras é a falta de conhecimento, mas o mais importante é saber que nós temos a possibilidade de devolver esperança e sonhos para quem precisa’’, destaca.