Em tempos de pandemia muito se fala na existência de comorbidades como: diabetes, hipertensão arterial, assim como doença pulmonar e cardíaca. Mas vale ressaltar que a obesidade também faz parte desse rol de doenças. E a probabilidade de uma pessoa obesa desenvolver a forma grave do Covid -19 é alta.
De acordo com a Endocrinologista do Hospital Santa Marcelina – Dra Loraine Albiero Pellucci, a obesidade é um fator que favorece a progressão rápida da doença.
“Os obesos têm função respiratória prejudicada, pois o tecido adiposo comprime o diafragma impedindo sua movimentação, levando a depender de ventilação mecânica, internação em Unidade de Terapia Intensiva e com aumento da morbidade” afirma a especialista.
O obeso tem capacidade limitada de produzir anticorpos e interferons, que são proteínas secretadas por células de defesa, essenciais para inibir a replicação do vírus. O tecido adiposo funciona como reservatório para o vírus, permanecendo mais tempo no organismo. A inflamação crônica do obeso promove uma tempestade de citocinas inflamatórias, desencadeada pela Covid/ SARS-COV-2), sendo ainda mais lesiva ao pulmão.
Segundo dados de 2018, da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), a obesidade no estado de São Paulo é de 18% em homens e 22% em mulheres.
A prevenção da obesidade está baseada no incentivo de atividades físicas ao ar livre e hábitos alimentares saudáveis desde a infância, a fim de promover saúde a nossa população.