O objetivo da comida é alimentar e nutrir nosso organismo para que ele funcione bem. Mas, o ato de comer está além disso.
Diferente da fome fisiológica, que é a necessidade real de comer para suprir necessidades, a “fome emocional” é a vontade de diminuir a sensação do desconforto emocional por meio da comida.
Ou seja, ao estar em situações específicas, marcadas pela ansiedade, pelo stress e nervosismo, a mente acaba desejando algo que consiga tranquilizar essa emoção negativa.
A psiquiatra do Hospital Santa Marcelina de Itaquera, Dra Leidiane Miranda, preparou algumas dicas importantes para reconhecermos se estamos comendo por emoção ou por necessidade:

  • Na “fome emocional” não sentimos os sinais físicos que temos como na fome física, por exemplo, o estômago roncar ou sensação de fraqueza.
    Além disso, o tempo entre uma refeição e outra é pequeno, não sendo o suficiente para gerar fome.
  • A “fome emocional” surge de repente e está associada à vontade de comer um alimento específico, por exemplo, doce ou chocolate, ela não sacia e satisfaz, fazendo com que estejamos sempre em busca de algo, que nem sabemos o que é.
  • Dessa maneira, a “fome emocional” pode levar ao aumento de peso, ou, em alguns casos a transtornos alimentares como restrição alimentar, compulsão alimentar, bulimia e anorexia.
  • É importante estarmos atentos e identificar o que dispara o desejo de comer, se é uma necessidade física ou uma vontade de aliviar uma emoção negativa.
  • É preciso, portanto, aprender uma maneira de aliviar um sentimento ruim, distrair e resolver os problemas emocionais sem usar a comida.
  • Outra dica importante é respeitar os horários das refeições, sem distrações.
  • Em alguns casos, pode ser necessário buscar ajuda profissional para auxiliar nesse processo.
  • A terapia com psicólogos pode ajudar a compreender como as questões emocionais estão influenciando na nossa alimentação e atitudes, o que está realmente provocando a fome emocional, além de trabalhar para encontrar formas mais efetivas de lidar com as emoções negativas e manter uma relação saudável com a comida.
  • Em casos de transtornos alimentares mais graves, pode ser necessária a ajuda de um psiquiatra.