Profissionais especializados são fundamentais para o cuidado e atenção aos pacientes
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde mental como sendo um estado de bem-estar, em que o indivíduo reconhece as suas próprias habilidades, possui o estresse normal da vida e pode trabalhar de forma produtiva.
Ainda de acordo com dados da OMS, atualmente, cerca de 20% das crianças e adolescentes ao redor do mundo sofrem de transtorno mental, sendo que 50% deles podem ter início antes dos 14 anos.
Os transtornos neuropsiquiátricos, de uma forma geral, estão entre as principais causas de dificuldades funcionais no dia a dia, seja para dar sequência às atividades normais da vida ou elevar os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras.
“Um dos grandes problemas é que não entendemos que o transtorno mental não incapacita a pessoa para o resto da vida. Por causa desse desconhecimento, muitas pessoas negam, inclusive para elas mesmas ou alguém próximo, que sofrem de um transtorno mental. É uma doença com diagnóstico e tratamento, e é assim que ela deve ser vista, aponta Dr. Thiago Rodrigues, Coordenador Médico no Serviço de Interconsulta em Psiquiatria da unidade hospitalar Itaquera, do Santa Marcelina Saúde.
Existem graus diferentes de transtornos mentais, sendo alguns dos mais conhecidos a depressão, o transtorno bipolar e a ansiedade. “Além desses, existem outros como, por exemplo, transtornos alimentares – anorexia e bulimia-, transtorno obsessivo compulsivo (conhecido como toque) e a esquizofrenia. Todos eles são muito complexos e devem ser estudados profundamente, complementa Dr. Rodrigues.
Há muitas maneiras de controlar os sintomas que são suficientes para impactar o bem-estar, aliviar o estresse do cotidiano e manter a mente tranquila. Um bom começo é a prática de atividade física regular.
“A maioria das pessoas sequer tem coragem para falar nesse assunto, que é de extrema importância. Por isso, precisamos discutir abertamente esse tema, para que assim ganhe cada vez mais relevância”, complementa o profissional.
Outro fator importante, que vem sendo cada vez mais mostrado em estudos, é que o ritmo acelerado no qual vivemos não apenas nos dá aquela dorzinha de cabeça e nos deixa estressados, como também pode contribuir cada vez mais para o desenvolvimento de transtornos mentais, como ansiedade e depressão.
A sugestão, de acordo com o especialista, é simples: desconecte-se, pratique atividades ao ar livre, leia, medite, tire uma soneca para dar um descanso ou faça alguma outra atividade prazerosa.