Com cerca de 20 milhões de pessoas diagnosticadas, Brasil é o sexto país com o maior número de diabéticos, segundo a Federação Internacional do Diabetes (IDF)

O Dia Nacional do Diabetes, celebrado em 26 de junho, é a data instituída pelo Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar a população sobre a doença crônica, decorrente pela dificuldade do corpo em produzir ou utilizar adequadamente a insulina — hormônio responsável por regular a glicose no sangue.

Segundo o último Censo do IBGE (2022), o Brasil possui cerca de 20 milhões de diabéticos, sendo, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), o sexto país com o maior índice de portadores da doença. Para a Sociedade Brasileira de Diabetes, as projeções indicam que, até 2045, 1 em cada 8 adultos — aproximadamente 783 milhões de pessoas — viverá com diabetes, um aumento de 46% em relação a 2024.

O agravamento da doença pode desencadear vulnerabilidade dos pacientes para complicações cardiovasculares, alterações no funcionamento do coração, artérias, olhos, rins e cérebro.

Para Claudinea Santos Almeida, nutricionista do Santa Marcelina Saúde, o diabetes pode ser evitado e/ou controlado com mudanças nos hábitos do paciente. “Realizar atividades físicas e mudar os hábitos alimentares são as principais medidas de prevenção e controle da doença. Adotar uma rotina de exercícios, de forma leve e gradual, e trocar o excesso do consumo de alimentos ricos em carboidratos e ultraprocessados por fibras e alimentos in natura é fundamental para diminuir os principais fatores de risco, como a obesidade, por exemplo”, esclarece a especialista.

Classificação do diabetes

No diabetes tipo 1, o próprio sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina. Essa patologia é mais frequente em crianças e jovens de até 20 anos. Por esse motivo, o diagnóstico geralmente ocorre na infância e adolescência. Já o tipo 2 é caracterizado por resistência à insulina e uma deficiência parcial na sua secreção pelas células pancreáticas, além de alterações nesse processo. Esse é o modo mais comum, representando aproximadamente 90% dos casos de diabetes, frequentemente associado à obesidade e ao envelhecimento.

Sinais de alerta

Tipo 1: vontade de urinar diversas vezes, fome frequente, sede constante, perda de peso, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudanças de humor, náusea e vômito.

Tipo 2: infecções frequentes, alterações visuais (visão embaçada), dificuldade na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e furúnculos.

Outros fatores como a privação do sono e o alto nível de estresse também podem afetar negativamente a forma como o corpo utiliza a insulina, portanto, é muito importante estabelecer um ambiente propício para adequar a rotina de sono.

Prevenção

Praticar exercícios regularmente, manter o peso adequado, manter uma alimentação equilibrada, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, dormir bem e equilibrar o nível de estresse são as principais recomendações para prevenir a doença.

“A alimentação equilibrada, com controle da ingestão de carboidratos e açúcares, priorizando frutas, legumes e verduras, principalmente com casca e bagaço, que contém alto teor de fibras, pode auxiliar no controle glicêmico. As atividades físicas também servem como técnicas de relaxamento para melhorar o estresse, aumentar a capacidade do corpo de usar a insulina de forma mais eficiente e auxiliar o equilíbrio dos níveis de glicose no sangue”, comenta a nutricionista.

Tratamento

O tratamento varia de acordo com a necessidade de cada paciente diagnosticado. As principais maneiras de amenizar a doença são os medicamentos orais ou injetáveis, terapia de substituição da insulina, bomba de insulina, monitoramento contínuo da glicose e alteração na alimentação e na rotina.

“É importante reforçar que a pessoa diagnosticada com a diabetes pode ter uma vida normal, desde que mantenha o acompanhamento médico, realize regularmente o monitoramento dos níveis da glicose no sangue, faça o uso adequado dos medicamentos e mantenha a alimentação equilibrada. Um nutricionista pode ajudar a criar um plano alimentar individualizado, levando em conta as necessidades e preferências de cada paciente”, finaliza Claudinea.

Expertise do Santa Marcelina Saúde

Com profissionais altamente especializados no tratamento do diabetes, o Santa Marcelina Saúde já recebeu, somente neste ano, cerca de 1,7 mil pacientes destinados ao tratamento da doença e realizou aproximadamente 2,1 mil atendimentos com os diabéticos.