Novembro é o mês de conscientização sobre a prematuridade, e o dia 17 marca o Dia Mundial da Prematuridade, voltado a alertar sobre o aumento nos partos prematuros, suas formas de prevenção e as consequências do nascimento antecipado para o bebê, a família, a sociedade e a equipe de saúde. A cor roxa simboliza sensibilidade e individualidade, características marcantes dos bebês prematuros.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), considera-se prematuro o bebê que nasce antes das 37 semanas de gestação. Um estudo da OMS aponta que, anualmente, 15 milhões de bebês nascem prematuramente no mundo, e mais de 1 milhão deles falecem poucos dias após o parto. A prematuridade é a segunda principal causa de morte entre crianças menores de cinco anos, ficando atrás apenas da pneumonia. No Brasil, assim como em outros países, a prematuridade é vista como um problema de saúde pública.
De acordo com Joana Cardoso, Coordenadora de Enfermagem da Saúde da Mulher e Neonatologia do Santa Marcelina Saúde, um pré-natal adequado ajuda a reduzir o risco de diagnósticos tardios de patologias. Ainda assim, fatores fisiológicos e hereditários podem levar a um parto prematuro. Embora o número de nascimentos prematuros e os riscos envolvidos sejam altos, muitas pessoas desconhecem que, em muitos casos, é possível prevenir o parto prematuro e suas consequências para a saúde do bebê.
O cuidado com o bebê prematuro é desafiador, não apenas pela fragilidade dos órgãos, mas especialmente pelo desenvolvimento delicado do cérebro. “O baixo peso, considerado abaixo de 1500 gramas, também preocupa, pois representa um grande desafio para garantir a recuperação nutricional nas primeiras semanas de vida. Porém, com o avanço da tecnologia e a assistência nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, a sobrevida dos bebês prematuros tem aumentado significativamente nas últimas décadas”, esclarece.
Prematuros no Brasil: segundo o Ministério da Saúde, cerca de 340 mil bebês nascem prematuros no Brasil todos os anos, o que equivale a 931 por dia ou seis a cada 10 minutos. Mais de 12% dos nascimentos no país ocorrem antes das 37 semanas de gestação — o dobro da taxa observada em países europeus. Considera-se prematuro o bebê que nasce antes das 37 semanas, sendo que uma gestação completa dura entre 37 e 42 semanas, ou aproximadamente 9 meses.
Quanto mais prematuro for o bebê, mais imaturos serão seus órgãos e maior o risco de complicações, especialmente para aqueles nascidos antes das 34 semanas de gestação. À medida que crescem, essas crianças enfrentam um risco aumentado de problemas de aprendizagem e comportamento, deficiências motoras, infecções respiratórias crônicas, além de maior predisposição a doenças cardiovasculares e diabetes em comparação com bebês que nascem no tempo gestacional completo.
Com 63 anos de tradição, a Maternidade Santa Marcelina é uma referência no atendimento a gestações de alto risco na zona leste de São Paulo, oferecendo suporte para condições maternas e fetais. Com estrutura completa, disponibiliza assistência segura e humanizada, com UTI neonatal, UTI adulto, Centro Obstétrico e Centro Cirúrgico. A equipe multidisciplinar está comprometida com um cuidado acolhedor e humanizado.