Estamos no Março Lilás, campanha que tem como objetivo a conscientização da sociedade sobre a prevenção e o combate ao câncer do colo do útero. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o tumor uterino maligno é o terceiro mais frequente na população feminina do país, com pelo menos 6 mil brasileiras vítimas da doença a cada ano.
O desenvolvimento do tumor é causado pela persistência de alguns tipos do Papilomavírus Humanos (HPV). Normalmente a infecção com o vírus não causa doenças, porém, alguns casos podem sofrer alterações celulares, evoluindo para o câncer.
De acordo com a oncologista do Santa Marcelina Saúde, Dra. Thais Gomes de Almeida, a maioria das ocorrências podem ser evitadas com o diagnóstico precoce. “Geralmente encontramos um grande volume de pacientes com diagnóstico tardio, com o tumor em estágio localmente avançado. É fundamental que as mulheres se atentem aos sintomas de alerta, como sangramento vaginal anormal principalmente após a relação sexual, dor pélvica e corrimento com odor desagradável. Caso sinta alguma anormalidade, a paciente deve procurar imediatamente um especialista para realizar uma avaliação ginecológica”, afirma a oncologista.
Câncer de colo de útero no Brasil
O INCA estima 17.010 novos casos para cada ano do triênio 2023-2025, com uma taxa bruta de incidência de 15,38 casos por 100 mil mulheres. Segundo o DataSUS, as maiores ocorrências de internação na rede municipal de São Paulo ocasionada pelo tumor do colo uterino foram em mulheres das faixas etárias de 35 a 39 e de 40 a 44 anos, que registraram, de 2019 a 2024, 1.413 e 1.416 internações, respectivamente.
Expertise oncológica do Santa Marcelina
Com mais de 140 serviços de assistência em saúde, o Santa Marcelina Saúde é referência no tratamento de câncer ginecológico de modo geral, incluindo o tumor do colo do útero, que registrou 407 pacientes atendidas em 2024 e, até o momento, 166 casos em 2025.
“As pacientes diagnosticadas com a doença passam por um processo de estadiamento clínico sendo submetidas a exames de imagem e exame físico completo a fim de avaliar o tratamento adequado em cada caso, podendo ser adotada a radioterapia, quimioterapia ou procedimentos cirúrgicos”, comenta a Dra. Thais Almeida.
Após o término do tratamento, as mulheres são acompanhadas pelas equipes do hospital com exames trimestrais durante dois anos, semestral do segundo ao quinto ano com a possibilidade de alta após 5 anos.
Prevenção
A vacina contra o HPV (disponível para meninos e meninas de 9 a 14 anos em dose única na rede pública), é a principal forma de prevenção, podendo evitar cerca de 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais. A vacina protege contra os tipos de HPV de alto risco que podem causar o desenvolvimento do tumor.
O Papanicolau, exame preventivo, é recomendado dos 25 aos 64 anos e deve ser realizado periodicamente para detectar possíveis alterações pré-malignas ou malignas, a fim de possibilitar diagnóstico precoce e maior chance de cura.