Nesta segunda-feira (22/12), o projeto “Implantação de Sistema de Cirurgia Robótica para Prostatectomia Oncológica para Pacientes do SUS” foi aprovado no Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON), do Ministério da Saúde. Por meio da Captação de Recursos do hospital, a partir de doações realizadas por pessoas jurídicas parceiros que destinam parte do seu Imposto de Renda para a realização do projeto, o sistema de cirurgia robótica no Santa Marcelina Saúde tem como objetivo a realização de prostatectomias em pacientes do SUS, proporcionando acesso a um tratamento cirúrgico de alta precisão, seguro e com melhores resultados clínicos e funcionais.
Implantar a tecnologia de cirurgia robótica para a realização de prostatectomias – procedimento minimamente invasivo para a remoção da próstata, realizada com a ajuda de um sistema robótico controlado pelo cirurgião em pacientes do SUS, irá proporcionar acesso a um tratamento cirúrgico de alta precisão, seguro e com melhores resultados clínicos e funcionais. A adoção deste recurso responde a uma lacuna real de acesso. Atualmente, milhares de pacientes dependentes do SUS são tratados com tecnologias convencionais, que, embora efetivas, apresentam maior taxa de sangramento, tempo de hospitalização, incontinência urinária, disfunção erétil e retorno tardio à produtividade social.
O câncer de próstata é a neoplasia maligna mais incidente entre os homens brasileiros (excluindo-se pele não melanoma), com projeção de 71.740 novos casos ao ano no triênio 2023 – 2025, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O impacto da doença no SUS é expressivo: um volume crescente de pacientes evolui para estágios que exige abordagem cirúrgica, e a disponibilidade de tecnologias mais precisas e menos incapacitantes ainda é restrita no sistema público, gerando filas, sequelas funcionais evitáveis e custos de reinternação.
Por meio do sistema de cirurgia robótica para prostatectomia, o Santa Marcelina vai elevar o padrão assistencial do SUS para um patamar internacional sem gerar barreira financeira ao usuário, reduzir eventos adversos e custos sistêmicos indiretos (menor tempo de internação), menos insumos, diminuição das reoperações e complicações tardias, ampliação da capacidade operacional do hospital e contribuição para a redução das filas cirúrgicas em oncologia no território de referência, bem como garantir ganhos mensuráveis de valor em saúde, com melhor continência urinária, controle oncológico e qualidade de vida dos pacientes.
A realização da cirurgia robótica no hospital é um investimento com efeito estruturante, não apenas tecnológico. Pois consolida um polo público com competência instalada para oferecer cirurgia minimamente invasiva de alta complexidade aos pacientes que, em sua maioria, não teriam acesso a este padrão terapêutico fora do SUS, proporcionando eficiência e modernização do cuidado oncológico previstos nas diretrizes do Ministério da Saúde.