Atualmente, mais de 13 milhões de pessoas convivem com a com a doença, o que representa 6,9% da população nacional
O Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, é uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre essa doença crônica, caracterizada pela dificuldade do corpo em produzir ou utilizar adequadamente a insulina — hormônio responsável por regular a glicose no sangue. Essa condição resulta em níveis elevados e permanentes de açúcar no sangue (hiperglicemia) e é considerada um problema de saúde pública global, reforçando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, as projeções indicam que, até 2045, 1 em cada 8 adultos — aproximadamente 783 milhões de pessoas — viverá com diabetes, um aumento de 46%. Atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas convivem com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. O diabetes é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, desencadeadas pela falta de insulina ou pela deficiência em sua ação, o que leva ao aumento da glicemia. Esses níveis elevados podem causar complicações no coração, artérias, olhos, rins e cérebro.
Para a endocrinologista Dra. Michelle Rocha, do Ambulatório de Especialidades do Santa Marcelina Saúde, o diabetes aumenta em duas a três vezes o risco de AVC e infarto agudo do miocárdio. “Atendemos no Ambulatório de Especialidades aproximadamente 300 pacientes por mês, em casos mais complexos da doença — aqueles em que o nível glicêmico permanece elevado. A maioria dos pacientes tem entre 45 e 75 anos, com prevalência do público feminino”, esclarece a Dra. Michelle.
No diabetes tipo 1, o próprio sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina, sendo mais frequente em jovens e crianças. Por esse motivo, o diagnóstico geralmente ocorre na infância e adolescência. Já o tipo 2 é caracterizado por resistência à insulina e uma deficiência parcial na sua secreção pelas células pancreáticas, além de alterações nesse processo. Esse tipo representa aproximadamente 90% dos casos de diabetes, frequentemente associado à obesidade e ao envelhecimento.
Sinais de alerta para o diabetes: perda de peso não intencional, sede excessiva, visão turva e urina frequente. O exame de glicemia em jejum deve registrar níveis iguais ou superiores a 200 mg/dl.
Prevenção: prática regular de atividade física, controle do peso, evitar o tabagismo, dormir bem e controlar o estresse.