O nascimento saudável do bebê é a vontade de todos os pais, com um parto tranquilo para as mães e sem contratempos. No entanto, a prematuridade precisa ser discutida para encontrar melhores formas de evitá-la.
No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todos os anos, o equivalente a 931 nascimentos por dia ou a seis prematuros a cada 10 minutos. Partos prematuros, menores que 37 semanas de gestação, correspondem a 12% dos nascimentos no país.
De acordo com o Dr. Edgard Haruo Hotta, Coordenador da Ginecologia e Obstetrícia das unidades do Santa Marcelina Saúde de Itaquaquecetuba e Itaim Paulista, esses bebês têm maior risco de apresentar problemas de aprendizagem e comportamentais, deficiências motoras, infecções respiratórias crônicas, doenças cardiovasculares ou diabetes, em comparação com bebês nascidos no tempo adequado. “Devemos refletir sobre a qualidade do atendimento oferecido aos prematuros e às suas famílias e termos um olhar diferenciado por políticas públicas de prevenção”, comenta o profissional.
Para que a assistência seja eficiente, gerenciamos o protocolo de prematuro, que tem como função agilizar o processo nos cuidados para melhorar o atendimento tanto na sala de parto quanto na unidade neonatal. “O intuito é prevenir as possíveis complicações inerentes aos nascimentos prematuros, prevenção da hipotermia, da síndrome do desconforto respiratório e suas complicações e manuseio mínimo em prematuros extremos”, complementa.
Principais dúvidas
A prematuridade traz aos pais dúvidas sobre se o bebê vai sobreviver, se haverá sequelas, por quanto tempo ficará internado, se a mãe poderá amamentar ou quando poderá pegá-lo no colo.
É importante ressaltar que a prevenção da prematuridade se inicia antes mesmo da gestação com o planejamento familiar adequado, seguido do acompanhamento pré-natal.
Lembrando que fatores como tabagismo, diabetes, hipertensão, infecções urinárias e/ou vaginais são fatores que aumentam a prematuridade e que podem ser tratadas se diagnosticadas a tempo.
“Contamos também com o método Mãe Canguru que consiste em propiciar o contato precoce, pele a pele, entre mãe e bebê prematuro. Esse simples cuidado tem como um dos benefícios a vinculação do binômio mãe-filho. Esse procedimento não é exclusivo à mãe e pode ser realizado pelo pai e outros integrantes da família, facilitando ainda mais a integração do bebê ao núcleo familiar”, conclui Dr. Hotta.